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03/11/2010

A primeira vez que te vi - Parte II

Naquele momento, era como se o mundo tivesse morrido e só tivesse restado nós dois e a natureza que nos envolvia.
Derrepente toda a distância que existia entre nós sumiu sem que eu percebesse, e eu me deparei a centimetros da sua face. Seu olhar ainda perdido nos meus, nossa respiração desequilibrada, cançada, puxando todo ar que coubesse no pulmão.
Foi ai que eu senti um toque leve em meu rosto, sua mao macia deslisou por minha face fria, me fazendo expelir calor aonde recebia seu toque.
Naquele momento nossos olhares se despediram com um abraçar de cilios, minha respiração ja não me obedecia e eu não sabia se não conseguia acompanha-la ou se tinha deixado de tê-la.
Estava totalmente sem dominio de mim, me via guiada por um misto de sensações, das quais eu não saberia traduzir.

Meus braços o envolviam com tanta urgencia como se o mundo inteiro tivesse doente e ele fosse a cura. Naquele momento, era como se mais nada precisasse ser dito, porque nossos corpos haviam descoberto a linguagem universal.
Eu o sentia! e não é como se eu estivesse o tocando, era como se eu fosse ele, como se ele fosse eu..
Estava imersa em pensamentos, perdida na aurora dos desejos quando derrepenti fui interrompida por uma nova sensação, foi como se o universo tivesse nos sugado e nos jogado no âmago do mundo, em um lugar onde nascem os sonhos, onde o amor é fecundado e os segredos enterrados. Estavamos no topo do universo, onde tudo nasce e tudo adormece, chegamos ao limite da razão.
E num palpitar da mente e um piscar de cilios, eu o vi atravessar a rua.
Essa foi a primeira vez que eu o vi.

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