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31/08/2010

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Ainda te lembras, coração ardente, lembra de como costumava sentir sede?

30/08/2010

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Quem saberá a cura do meu coração, se não eu ?

26/08/2010

Amoras silvestres

"Não quero ser triste como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski na loja de conveniência,
Não quero ser alegre como o cão que sai a passear
com o seu dono alegre sob o sol de domingo,
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro como um cego tatear estrelas distraídas
Amoras silvestres no passeio publico
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param, pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar ..."

(Zeca Baleiro - Minha casa)


12/08/2010

Meu eu, seu.

Existe tanto o que quero fazer num tempo de 36 horas,
te tocar, te sentir, te sorrir, te ser
andar ao teu lado,andar dentro de ti
mostrar ao mundo que tu me es.
Te mostrar as que sou,
conhecer os que ti são,
e eu me perco, as vezes ando contramão
deixo passar despercebido desejos cotidianos,
e eu sedenta, queria mais de ti,
não somente horas,
queria sua vida toda aos meus pés.
Me vejo aflita perdida num cronometro amoroso
onde eu tenho que fazer a vida acontecer em algumas horas destinadas,
isso me aflinge por demasia,
pois o quero com tudo que tenho.
Você é um mistério ao qual meu corpo se delicia em desvendar,
uma estrada redeada de entrecaminhos a qual me faz querer multiplicar-me e correr para todas ao mesmo tempo,
eu preciso de te ser,
preciso que te me sejas,
não somente um dia, não somente em algumas manhas,
eu sua, você meu, todo o tempo
é assim que minha'lma diz que deveria ser,
pois há em ti caminhos que meus pés não alcançam
há em ti estradas que desejo jogar meu corpo
esfregar minha pele nas tuas pedras
arranhar-me em ti, rasgar-me nas tuas ousadias
sentir meu sangue escorrendo no teu corpo
te sentir em dor, em risos e piadas
te sentir a cada palpitar do coração meu que é teu.

consuma-me

Meu, meu, você é meu
então diz que eu sou sua
em forma e cintura ossea
diga-me que sou sua até que tudo seja nada
e tudo, e nada, e os outros e as cinfonias
que nada importe
apenas deixe que eu te seja
eu nua, eu sua, eu em você
totalmente entregue, arrancando as armaduras
arrancando a pele, arrancando os desejos
arranque tudo que há em mim
me arranque de mim
me tire do circuito existencial
retira meu corpo, retira minha alma
leve tudo pra ti,
sem rodeios, apenas cosuma-me.

09/08/2010

poeta falido

Eu sofro agonias de mim mesma
eu, alheia à tudo
habitando no inabitável
nada consigo ser, exceto poeta falido.
Não me agarro em grandes questões,
apenas a única que me sufoca o peito:
o conflito do eu x eu.
E eu me debato contra as muitas que há em mim,
descasco feridas em versos,
espécie de sadomasoquista da linguagem
digo coisas que não ousaria dizer se pudesse ficar calada.
Eu, prostituda das palavras
costumo me vender por alguns trocadilhos
apenas pelo doce sabor do gozo oral

08/08/2010

superficie

Eu, flôr de lotus
nascida no lodo de minha'lma,
desabrocho ante à ti, homem meu
Poisando em teus reflexos todos os meus contornos de mulher.
Debruça teu corpo no meu, num gesto urgente de desejo
funde à mim o teu suco matinal,
gosto quente de tua libido.

05/08/2010

vem

Vem...
Cai em mim com toda sua volupia
Me faça ter medo de não viver
Vem assim, de mancinho...
Derrama sua quentura nos meus tecidos
E sussura baixinho, desejos indiscretos...

04/08/2010

tudo que sou

Aqui estou, parada ante tudo e todos, sem nada à dizer.
Nada mudou de uns tempos pra cá,
nem mesmo a habitual pergunta de se ser.
19 anos se passaram e tudo que estes anos me acarretaram foram indagações e esse gosto amargo na boca.
Nada sei, nem mesmo o que sou.
Espécie de anjo decaído, andante sem caminho.
É isso que me soma no fim do dia.
Não o quero, mas não consigo deixar de o ser,
Mesmo não sendo nada, isso é tudo que me restou,
a face oculta do que sou, inspirada em um joão ninguém.

quisera eu

A tarde morreu calma, nem á vi passar
Enquanto me vi perdida em ti
os carros encontraram seu destino.

Garagens fechadas,
Portas trancadas,
A noite agora chega...

Não sei onde estarei daqui à madrugada
quisera eu, em tua saliva,
perdida nos abraços de teus braços

Recordando em mim, o sabor teu...

01/08/2010

Se

Se eu pudesse de uma só vez poder dizer tudo que meu peito grita,
haveria uma nua canção,
de pele opaca e sorriso morno.
Se eu pudesse em uma palavra resumir o ardor da chama em mim,
talvez você sentisse queimar ao ouvir minha voz.
Se seu ouvido fosse capaz de distinguir o paladrar de minhas palavras
talvez eu não precisasse dizer nada.
E se por fim seus olhos pudessem enchergar o que os olhos não veem
você entenderia a voz daquele toque.

Detalhes


Eu me perderia nesse momento pra sempre...