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02/08/2013

Carta para o inconsciente

Desculpe-me por ser tão obvia, eu me perdi.
Em alguma estrada encontra-se a parte de mim que costumava sonhar,
eu sinto muito, eu sei que eu prometi que nunca iria me tornar como aquelas pessoas vazias,
é que tem sido tão difícil, se você soubesse...
Se você soubesse quantas vezes me segurei pra não chorar na frente deles,
eu permaneci forte em todas as vezes que meu coração chorou, confesso que em nenhum só momento deixei transparecer minhas lágrimas,
eu sei, é como você diria "eles nunca entenderão você".
E você esteve certo o tempo inteiro, eles realmente não conseguem me entender.
Não importa o quanto eu me importe, eles nunca se importarão...
Me esforcei pra ser o tipo de pessoa que sempre sabe o que falar,
mas isso fez com que nunca dissessem o que eu precisava ouvir.
Descartável, é isso que eu sou, é isso o que você é, é isso o que todos são.
Ninguém se importa, nunca.
Que falta eu sinto de você, querido inconsciente.

Sobre um fim de tarde

É sobre um fim de tarde que eu queria falar, quando as flores vão perdendo sua cor, dando espaço a luz da lua, aquele momento em que você se perde num vagão desgovernado dentro da sua cabeça, sentindo coisas que nem você entende.
 Há sempre um vazio esperando a oportunidade de ser preenchido, mas esse momento nunca chega. Há sempre uma vontade desordenada que te faz perder o foco a cada novo entardecer, e a culpa não é sua, a culpa não é de ninguém..
Se sentir sozinho é mais comum do que parece ser, e o medo de estar sozinho é maior do que deveria.. O mundo está cada dia mais cheio e por algum motivo você se ver cada vez mais vazio, sempre a procura de algo que te dê vontade de permanecer em pé, lutando por uma razão desconhecida, talvez o que te impulsiona seja o desejo de descobrir,  descobrir um motivo pra deixar de existir e começar a viver.
O mundo está doente, cheio de suas frases ensaiadas e ações robóticas, a beleza está cada vez mais solitária à procura de alguém que possa enxerga-la .  Eu me sinto triste, como se eu estivesse doente junto com o mundo, consumindo caixas e caixas de remédios pra uma cura que não existe. É solitário aqui.