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31/03/2011

eis-me aqui

Eis aqui um ser que vive, com tamanha sede e desventura, eis-me aqui, o ser que escolhi ser, tão errante quanto belo, tão aventureiro quanto prisioneiro, e tão eu que as vezes não consigo ser mais ninguém..
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29/03/2011

exaustão

Tenho essa afeição por madrugadas, principalmente quando me encontro melancólica assim como hoje. De fato estou depressiva, mas isso já me é de costume, por assim dizer. Incrível como essa fossa gosta da minha companhia.. Por falar em companhia, começo a achar que a solidão tem me sido amiga, sempre ao meu lado, onde quer que eu vá. Temo confessar que estou começando a sentir a mesma afeição por ela, nesses tempos difíceis, de tantos desencontros da vida, a solidão tem se mantido aqui, intacta ao meu lado, o que posso fazer senão demonstrar o mesmo zelo por sua companhia?
É assim a vida, um paradoxo perfeito, nascemos ligados ao cordão umbilical da mãe, mas a verdade é que o ser humano é um ser unitário, na sua própria individualidade, sempre estará só, ainda que cercado em multidões, porque no seu interior só ele mesmo é sociável.
Não me conheço, tampouco entendo os anseios de minha alma, só sei que sinto um vazio profundo, pois anseio o mundo em meu peito e não o tenho, nada tenho pra ser sincera, exceto minha própria incógnita de ser.
Estou exausta, preciso de um descanso de tudo, principalmente de mim mesma, então aproveito essa aura noturna pra procurar abrigo na inconsciência de meu sono.

Passar bem, queridos leitores.


Eu perdi muito tempo sendo eu mesma, e acabei por fim gostando de me ser...

28/03/2011

"Aqui está um rio que, por mil voltas, retorna a sua nascente!" - Nietzsche

26/03/2011

a insanidade consome minha mente me levando a um torpor quase orgastico, quero você, sentir você, fazer amor com você, até que meu corpo se desfaça,até que meu ar acabe...

13/03/2011

os tolos hão de me julgar com seus julgamentos carnais e enssaiados, mas eu, porém, hei de continuar vivendo o sonho de me ser.

Necessidade

Hoje eu chorei de vontade de escrever, embora eu não soubesse o que, nem quanto, nem porque. Mas essa necessidade veio de uma forma assustadora, me sufocando o peito, me deixando quase, ou completamente, sem respirar. Preciso escrever! Preciso jogar pra fora toda essa coisa sufocada dentro de mim, preciso me desfazer de todos esses sentimentos acumulados, até mesmo esquecidos que estão ali.
Hoje meu corpo está gritando, meu peito está inchando, minha cabeça ta girando, e minha vontade é só correr, como se meus pés fossem uma maquina de datilografia e eu pudesse escrever com os pés enquando corria, correndo, correndo, correndo até que meu corpo ficasse cansado e meus pés machucados. Eu não sei porque, eu só sei que preciso, preciso escrever, mesmo que nesse exato momento eu esteja completamente alheia a qualquer linha de pensamento, ainda que nada me venha na mente, eu preciso escrever. Ainda que nada fale, eu preciso...
Essa necessidade poetica tá me sufocando, a ponto de pôr em negritude todos os meus pensamentos numa intensidade suicida, e me decompondo em lagrimas, tolice, mas é o que sinto.

Querido eu..

Olá querido eu, hoje eu gostaria de desabafar contigo, ou ao menos, assim desfarçadamente, dizer o quanto sinto sua falta.
Tenho me esquecido de como sou, ou fui, não sei!
Não reconheço o que vejo no espelho, nem mesmo o que vejo dentro de mim. A verdade é que eu olho pra dentro e não consigo ver nada, nem vestigios de um eu.
Não sei quem sou! e tampouco sei se algum dia soube. Mas hoje, em especial, estou sentindo necessidade de ser, ou pelo menos saber se sou.